segunda-feira, 27 de setembro de 2010

‘Impostômetro’ no Centro do Rio mostra alta carga tributária no país

Evento esclarece percentagem de impostos inseridos nos produtos.
Objetivo é conscientizar sociedade para cobrar de governantes.

Um "impostômetro" montado no Largo da Carioca, no Centro do Rio, esclarece dúvidas da população, sexta-feira (25), sobre a alta carga tributária que é inserida nos produtos e que não é exibida no preço total na hora da compra.
A iniciativa do Feirão do Imposto é da Associação Comercial do Rio de Janeiro, através do Conselho Empresarial de Jovens Empreendedores (Conjove). A menos de 10 dias da eleição, o evento alerta a população a respeito da quantidade de impostos pagos no país. A ideia é fazer com que a população saiba cobrar dos governantes a redução da carga tributária no Brasil.
“Existe um mito no Brasil de que pobre não paga imposto. Aqui tem produtos essenciais que todos nós, pobres e ricos, consumimos e há sobre ele uma carga tributária imensa. Só que esse imposto quando vai para uma pessoa que ganha um salário mínimo dói muito mais no bolso de quem tem mais dinheiro”, disse Daniel Homem de Carvalho, vice-presidente da Associação do Comércio do Rio. (Foto por Marcelo Oliveira (Mundoo Loucoo)

Segundo ele, os impostos representam 40% do Produto Interno Bruto (PIB). “Você trabalha quatro meses para pagar impostos, é uma barbaridade”, afirmou.
Além do Rio de Janeiro, que lança a campanha, outras 100 cidades brasileiras receberão a feira.
População perplexa
Uma tenda com 43 produtos, desde alimentos até televisores e moradia, exibe o valor cobrado no comércio, o percentual do imposto e o preço que seria pago sem os tributos.
Uma garrafa de água de 1,5 litros, por exemplo, que custa em média R$ 1,39 nos supermercados, tem 38% de impostos, ou seja, R$ 0,53 de cada unidade vai para o governo. O arroz, com impostos, vale cerca de R$ 2,19. São R$ 0,34 de tributos.
O cobrador André Luiz Oliveira Portone, de 35 anos, ficou impressionado com o Playstation. Dos R$ 499 cobrados nas lojas, R$ 324, ou seja, 72,15%, são tributos. “A diferença é muito alta. Eu sabia que tudo tinha imposto, mas está fora da realidade”, disse ele.
O auxiliar de escritório Walace de França Bertho, de 27 anos, também estava perplexo diante das prateleiras. “Estou de boca aberta. Se cada centavo desses que vão para o governo fosse revertido para a sociedade, pelo menos uns 30% dos nossos problemas seriam resolvidos”, disse.
A proposta do Feirão é mostrar à população que o pagamento de impostos deve ser revertido em bem-estar para todos e que é preciso cobrar dos governantes que os recursos arrecadados sejam usados para melhorias na saúde, educação e segurança.


24/09/2010 11h44 - Atualizado em 24/09/2010 12h11

‘Impostômetro’ no Centro do Rio mostra alta carga tributária no país

Evento esclarece percentagem de impostos inseridos nos produtos.
Objetivo é conscientizar sociedade para cobrar de governantes.

Um "impostômetro" montado no Largo da Carioca, no Centro do Rio, esclarece dúvidas da população, nesta sexta-feira (25), sobre a alta carga tributária que é inserida nos produtos e que não é exibida no preço total na hora da compra.
A iniciativa do Feirão do Imposto é da Associação Comercial do Rio de Janeiro, através do Conselho Empresarial de Jovens Empreendedores (Conjove). A menos de 10 dias da eleição, o evento alerta a população a respeito da quantidade de impostos pagos no país. A ideia é fazer com que a população saiba cobrar dos governantes a redução da carga tributária no Brasil.
“Existe um mito no Brasil de que pobre não paga imposto. Aqui tem produtos essenciais que todos nós, pobres e ricos, consumimos e há sobre ele uma carga tributária imensa. Só que esse imposto quando vai para uma pessoa que ganha um salário mínimo dói muito mais no bolso de quem tem mais dinheiro”, disse Daniel Homem de Carvalho, vice-presidente da Associação do Comércio do Rio.
Impostômetro montado no Centro do Rio (Foto por Marcelo Oliveira (Mundoo Loucoo)

Segundo ele, os impostos representam 40% do Produto Interno Bruto (PIB). “Você trabalha quatro meses para pagar impostos, é uma barbaridade”, afirmou.
Além do Rio de Janeiro, que lança a campanha, outras 100 cidades brasileiras receberão a feira.
População perplexa
Uma tenda com 43 produtos, desde alimentos até televisores e moradia, exibe o valor cobrado no comércio, o percentual do imposto e o preço que seria pago sem os tributos.
Uma garrafa de água de 1,5 litros, por exemplo, que custa em média R$ 1,39 nos supermercados, tem 38% de impostos, ou seja, R$ 0,53 de cada unidade vai para o governo. O arroz, com impostos, vale cerca de R$ 2,19. São R$ 0,34 de tributos.
O cobrador André Luiz Oliveira Portone, de 35 anos, ficou impressionado com o Playstation. Dos R$ 499 cobrados nas lojas, R$ 324, ou seja, 72,15%, são tributos. “A diferença é muito alta. Eu sabia que tudo tinha imposto, mas está fora da realidade”, disse ele. (Foto por Marcelo Oliveira (Mundoo Loucoo)
O auxiliar de escritório Walace de França Bertho, de 27 anos, também estava perplexo diante das prateleiras. “Estou de boca aberta. Se cada centavo desses que vão para o governo fosse revertido para a sociedade, pelo menos uns 30% dos nossos problemas seriam resolvidos”, disse.
A proposta do Feirão é mostrar à população que o pagamento de impostos deve ser revertido em bem-estar para todos e que é preciso cobrar dos governantes que os recursos arrecadados sejam usados para melhorias na saúde, educação e segurança.

Ideia começou em Santa Catarina

Produtos com e sem imposto
Produtos com e sem imposto
(Foto: Carolina Lauriano/G1)
 
O Feirão do Imposto nasceu em 2003, em Joinville, no estado de Santa Catarina, criado pelo Núcleo de Jovens Empresários da Associação Comercial e Industrial da cidade catarinense (ACIJ Jovem).
A partir daí, iniciou-se uma campanha nacional pra educar a população sobre o quanto se paga de imposto, já que a grande maioria dos brasileiros não tem consciência do que representa a carga tributária nas suas vidas.
Desde 2006, o Rio de Janeiro abre o Feirão do Imposto, sendo seguido por outras cidades brasileiras.
Outras informações sobre o Feirão do Imposto podem ser obtidas no site.
 
 Fonte texto G1 RJ
(Foto por Marcelo Oliveira (Mundoo Loucoo)

"O Mundo Louco esteve por lá e realmente é um absurdo o que pagamos de impostos.... alguém tem que fazer alguma coisa ... isso muita gente fala, mas a real é que todos nos temos que fazer algo para acabar com isso."

Nenhum comentário:

Postar um comentário